quarta-feira, 19 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

HARPA

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ELE

terça-feira, 4 de maio de 2010

ANJO




















Cubra-me com tuas asas brancas,
Aproxima-te dos meus medos e salve-me,
Sou da tua força prisioneira
Sem ti viverei perdida em meus devaneios.

Anjo dos meus sonhos iluminado,
Amor sensível de um tipo delicado,
Entidade poética que nasce com imagens
De um caso de amor que já nasce na saudade.

Efêmera espera de um momento eterno,
Desejo de amar como um grito de orgasmo,
Sentido que paralisa essa dor nostálgica
De perder-te no espaço de um vazio d’alma.

Venha a meu encontro com tua alma pura,
Pegue-me no colo e permaneça imóvel,
Deixe que eu descanse da ilusão perdida,
Faça da minha vida uma espera sem partida.

Crepúsculo de um amor que nunca floresceu,
Metáfora litúrgica de toda poesia,
Coração partido perdido no vazio
Esperança em ti meu anjo livrando-me do frio.

MÁRCIA ROCHA
17/04/2010

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Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo

Fernando Pessoa (Tabacaria)

José Carlos Ary dos Santos



Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.

Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.

Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu

A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.

José Carlos Ary dos Santos



POEMAS DE UM AMIGO



Palavra

Palavra...é arma contundente,
resposta pronta da hora certa,
é flor que anima o descontente,
é chamativa e o desperta.

Palavra há, que move moinhos,
tritura o duro e maior grão...
sensatez, que abre caminhos,
num empedernido coração!

A palavra que fere, dói e mata
é voz dita, da ira d' alguém,
é profanação que arrebata...

E, eu achei no beiral da razão,
palavras caídas e já gastas,
deitei fora...joguei-as ao chão!

O Frasco Azul

O frasco azul, num armário, esquecido
Apenas de vidro e uma tampa dourada
Guarda o perfume de um tempo perdido
Memórias com rosto de quem foi amada

Apenas de vidro e uma tampa dourada
Mas corajoso guarda o seu maior bem
O rastro de um sorriso que tanto gostava
Sonhos e estórias de mais ninguém

O frasco azul, num armário, esquecido
Guarda a dor do meu coração ferido
Na hora em que a saudade nasceu

Apenas de vidro e uma tampa dourada
Encolhido num canto, tão perto de nada
Jazigo azul de um amor que morreu


O poeta

O poeta é a leveza
que o sonho cobre a pincel,
com as cores da natureza,
nas tintas e no papel.

O poeta é uma voz,
nasce feita em pequenino,
a face vira-a para nós
deixando o sopro divino.

E nesse toque do além
não pode voar calado.
O poeta é um ser alado,
é esse elan que o sustem.

É dono das emoções,
da lua,dos pensamentos,
das palavras e ilusões,
da vida,dos sentimentos.

Sendo poeta é o Senhor
do mundo,das alegrias ;
esvai-se nos braços do Amor,
enchendo as noites vazias !
.
Ela entrou no meu email
.
Ela entrou no meu email
E desassossegou o meu dia
Penetrou as minhas nuvens,
Inundou-me com o seu Sol,
Fez-me rir com alegria.
Seus olhos negros de breu
Veem aqui ter comigo
Tristes, profundos e vivos
Adivinham o que não digo
Princesa das terras frias
De coração meigo e quente
Traz-me de novo uma vida
Que há muito estava ausente
Imagino-a presente...
Ela olha-me e eu a ela
Numa vertigem envolvente,
Mergulho nas suas ondas
Inundo-a das minhas estrelas
Mil sóis então explodem
E tornam o frio quente
Ela assusta-se...
Tem receio
Não quer ser a responsável
Por inconsequente devaneio.

SONHO DE AMOR


SONHO DE AMOR

Tem nos olhos a esperança,
Nas tuas mãos a carícia pura,
No teu jeito doce, a ternura
No teu coração bondade e doçura.

É da minha alma o encanto
Do meu amor, maior instante
Do que sou, a alma gêmea
Da minha dor, a cura
Da violência a brandura.

Vou amar-te loucamente,
Acalentar-te docemente
Fazer do meu corpo tua morada
Deitar em ti toda minha alma.

Penetrando em mim teu desejo
Eu te darei minha loucura reprimida
Meu carinho e minha mão precisa.

Quero de ti o amor profundo
Das tuas mãos a experiência,
Do teu corpo a cobertura
Do encontro um amor que dura.

MÁRCIA ROCHA


segunda-feira, 3 de maio de 2010

NOS UMBRAIS DA VIDA



NOS UMBRAIS DA VIDA

Me encontro aberta
A ter novo destino,
Que me dê beleza
Das águas claras de um rio.

Vou ter nas minhas margens
Flores, campos e sonhos
Para atravessar a vida
Tendo na alma mais encanto.

Levo também meu desejo
De ter meu porto seguro,
Embrenhar-me nas tuas ondas
Banhar meus sonhos mais profundos.

Tenho vivido sem destino
Procurando meu norte,
Pernoito no meu barco
Amanheço dentro dos teus braços.

Vida, estranha vida!
Ninguém sabe como vivê-la
Deixam fugir das tuas mãos
A felicidade verdadeira.

MÁRCIA ROCHA

NOSSO JEITO

Viajo em nova estrada



Viajo em nova estrada,
Busco uma nova alvorada
Um amor verdadeiro
Um belo companheiro.

Que seja minha cara metade
Goste de amar com verdade,
Ame a vida com alegria
Seja feliz todo dia.

Um amor caprichoso,
Bem esperto e amoroso,
Que saiba como encantar,
Surpreenda toda hora
Que me pega para amar.

Pode parecer brincadeira,
Vivo sempre à minha maneira,
Procuro um homem perfeito
Um amor assim do meu jeito

Isso vai acabar!
Não paro antes de encontrar,
Um amante apaixonado
Um eterno namorado.
Que saiba do amor
Melhor dos que tenho achado.

Um amor para dizer
Eu te amo...
Sem medo de desenganos,
Amor que excede a paixão
Amor que ultrapassa a razão

MÁRCIA ROCHA